Adesão ao tratamento: um fator determinante para pacientes com glaucoma

Adesão ao tratamento: um fator determinante para pacientes com glaucoma

Quando se trata de glaucoma, a correta adesão ao tratamento é fundamental para impedir a evolução do quadro. Afinal, trata-se de uma doença irreversível e sem cura. Nesse sentido, é importante entender que a eficácia do tratamento está ligada a outro fator crucial: o diagnóstico precoce.

A obtenção desse diagnóstico, por sua vez, pode ser dificultada pela ausência de sintomas no início da doença, especialmente no caso do glaucoma de ângulo aberto. Por isso, a melhor forma de identificar e tratar o glaucoma com antecedência é através de consultas periódicas ao oftalmologista.

Uma vez que é realizado o diagnóstico, as formas de tratamento serão indicadas pelo especialista de acordo com cada caso, e podem ser através de procedimentos clínicos, cirúrgicos ou a combinação dos dois.

A conscientização do paciente é fundamental, especialmente no que diz respeito ao tratamento medicamentoso. No início da doença, geralmente, o médico oftalmologista recomenda a aplicação diária de colírios específicos. Esses remédios atuam na diminuição da produção do humor aquoso (líquido localizado entre a córnea e a íris, que aumenta de volume nos casos de glaucoma).

É fundamental seguir à risca a orientação médica para utilização dos colírios. Por não perceberem a evolução da doença, muitos pacientes tendem a negligenciar a administração desses remédios, o que reflete negativamente no resultado do tratamento.

Outra dificuldade dos pacientes é na correta aplicação do colírio. Ou seja, há pessoas que mesmo utilizando os medicamentos nos horários corretos, não o fazem de maneira adequada.

Uma pesquisa do Journal of Glaucoma levantou a estimativa de que nove em cada dez pacientes com glaucoma não conseguem aplicar o colírio devidamente. Entre os participantes que fizeram parte do estudo, alguns deixavam o colírio escorrer pela face, outros fechavam os olhos logo após a aplicação e outros encostavam o recipiente do remédio nos olhos.

Fonte: Revista Veja Bem – Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) (https://www.cbo.net.br/novo/publicacoes/revista_vejabem_19.pdf)

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