Quando o glaucoma vem como consequência de outra doença

Quando o glaucoma vem como consequência de outra doença

Pessoas obesas, que se alimentam de forma inadequada e que não praticam atividades físicas precisam rever seus conceitos de qualidade de vida. Alguns comportamentos, assim como os excessos, podem causar danos ao organismo levando às doenças, muitas vezes, graves e crônicas.

Embora a pressão intraocular seja a principal causa do aparecimento do glaucoma, é importante ficar atento às doenças relacionadas, como: diabetes, doenças nos vasos sanguíneos e problemas cardiovasculares. Atualmente, existe vasta divulgação sobre as causas do glaucoma. A informação auxilia na prevenção e no diagnóstico precoce da doença, o que pode evitar casos de cegueira.

Uma forma rara, porém muito agressiva do problema, é o glaucoma neovascular, que é causado por doenças que afetam os vasos sanguíneos localizados nos olhos, como é o caso da retinopatia que ocorre em pessoas com diabetes.

Segundo estudos publicados na revista Ophthalmology, pela Universidade de Michigan, um indivíduo portadores de diabetes tipo 2 e com pressão arterial alta pode aumentar as chances de desenvolver glaucoma de ângulo aberto. O estudo afirma ainda que o diagnóstico de diabetes tipo 2 aumenta o risco de glaucoma em 35%. O de hipertensão arterial, em 17%. Mas, quando ambas condições estão presentes, a probabilidade de desenvolver glaucoma é de 48%.

Pressão sanguínea elevada por muito tempo pode danificar os pequenos vasos que nutrem o nervo óptico, deixando-o fragilizado para resistir aos efeitos prejudiciais da pressão intraocular.

Os portadores de diabetes correm um risco alto de apresentar diversas doenças oculares, por causa das altas concentrações de glicose no sangue. Uma dieta equilibrada e o acompanhamento médico podem prevenir complicações. Cardiopatas não devem se preocupar somente em ter um infarto. Segundo estudos publicados em artigo científico da Universidade de Yale, o sistema cardiovascular e os hábitos de vida e alimentares podem ter influência em certos grupos de pacientes com glaucoma.

Porém, cada caso é um caso e deve ser avaliado a partir de fatores observados pelo profissional médico especializado. Na definição do melhor tratamento, nem sempre o que é adequado para uma pessoa é para outra. Mas, a informação sobre o problema pode representar um diferencial para o cuidado e a preservação da saúde, de modo geral. A prática de bons hábitos e um acompanhamento médico especializado são medidas com grande potencial para melhorar a qualidade de vida do paciente, além de evitar complicações de doenças adquiridas.

Um outro aspecto de grande importância é a preservação da qualidade de vida do paciente portador de glaucoma. O bom senso tem que prevalecer e os esquemas terapêuticos que causem significativo desconforto ao paciente devem ser revistos.

Fonte: Revista Veja Bem – Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) (https://www.cbo.net.br/novo/publicacoes/revista_vejabem_13.pdf)

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