Conheça as principais lesões oculares causadas em decorrência de acidentes oculares

Conheça as principais lesões oculares causadas em decorrência de acidentes oculares

FRATURA DE ÓRBITA

A órbita é a estrutura óssea ao redor dos olhos. Quando um ou mais ossos em torno dos olhos são quebrados, denominamos fratura de órbita. Esta decorre de traumas mais violentos como cabeçadas, quedas ou acidentes automobilísticos. Em geral, as vítimas de fratura órbita apresentam sintomas como inchaço da pálpebra, hematomas e dores ao redor dos olhos, visão dupla e diminuição dos movimentos do olho afetado. O tratamento é específico para cada caso. Em situações mais graves são realizadas cirurgias.

HIFEMA

Caracterizado por um sangramento ocular localizado na câmara interior do olho. Se tratado de forma adequada, não deixa sequelas; caso contrário, pode acarretar complicações como o aumento da pressão intraocular, atrofia óptica, impregnação da córnea pelas células do sangue e glaucoma, levando à baixa da acuidade visual e perda da visão. O tratamento é específico para cada caso, mas, em geral, inclui medidas simples como: administração de colírio, repouso e acompanhamento da pressão intraocular.

UVEÍTE

É caracterizada como uma inflamação interna do globo ocular. Entre os sintomas apresentados pela lesão, estão: vermelhidão nos olhos, embaçamento visual, dor ocular e ao redor dos olhos e aumento da pressão intraocular. Se não tratada a tempo, pode causar danos irreversíveis ao globo ocular e provocar glaucoma, deslocamento da retina e cicatrizes que causam baixa visão, podendo levar até a cegueira. Em geral, o tratamento utilizado é feito com uso de anti-inflamatórios, corticoesteroides e drogas imunodepressoras.

LESÃO RETINIANA

A retina é uma camada de prolongamento dos nervos dos olhos, nos quais as células – que percebem a luz e enviam as imagens para o cérebro– ficam alojadas. Quando lesionados, os vasos sanguíneos da retina podem vazar fluídos ou sangue, causando distorções nas imagens que chegam ao cérebro. As lesões podem ser desde um edema de impacto, roturas ou até deslocamentos da retina. Quando a retina se descola da parte que a sustenta, ela para de funcionar. O deslocamento da retina é indolor, porém apresenta sintomas como percepção de imagens irregulares flutuantes ou raios luminosos, visão borrada e perda da visão, que começa em uma parte do campo visual, e à medida que o deslocamento progride, ela aumenta.

GLAUCOMA

Em acidentes oculares é muito comum que a relação entre os fluídos produzidos pelo olho seja alterada. Com um aumento na produção e uma dificuldade de escoamentodesses fluídos, a pressão intraocular também aumenta, possibilitando o desenvolvimento do glaucoma. Por ser uma doença silenciosa, a maioria dos portadores do glaucoma não apresenta sintomas, principalmente no início. Em alguns casos, são percebidos sintomas como: discreto lacrimejamento, ardência, fotofobia, dor de cabeça, vermelhidão ocular, dor nos olhos ou ao redor deles e embaçamento da visão. O tratamento indicado pelo oftalmologista pode ser por meio de medicamentos (colírios ou comprimidos), uso do laser e/ou cirurgia, dependendo do caso. Vale ressaltar que o tratamento do glaucoma não restaura a visão já perdida, porém previne perdas futuras e impede o avanço da doença.

Fonte: Revista Veja Bem – Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) (https://www.cbo.net.br/novo/publicacoes/vejabem_04.pdf)

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