Os cuidados com o glaucoma durante a vida

Os cuidados com o glaucoma durante a vida

O glaucoma é uma doença crônica que, se não tratada corretamente, pode levar à cegueira irreversível. Além do diagnóstico precoce, é importante observar alguns cuidados que devem fazer parte do dia a dia do paciente.

O acompanhamento da doença em consultas de rotina com um médico oftalmologista deve acontecer, pelo menos, uma vez ao ano. Os cuidados incluem também pessoas com fatores de risco como histórico familiar, afrodescendentes, pessoas com idade acima de 40 anos e que apresentem o quadro de miopia. Ter sempre em mente que quanto mais cedo for identificada a doença, menores serão os danos causados à visão.

A pressão intraocular elevada é o principal fator de risco para o glaucoma. E, no tratamento da doença, é o único fator que pode ser modificado. Ela precisa ser mantida baixa para evitar a progressão da doença. O procedimento cirúrgico é indicado para os casos em que a pressão intraocular não é controlada adequadamente com o uso de colírios.

As opções de cirurgia são com laser (trabeculoplastia) ou a forma tradicional (trabeculectomia). É preciso que o paciente de doença crônica se adapte a alguns cuidados, além da mudança de posturas e hábitos em prol do controle da doença.

Fique atento!

As posições invertidas da ioga e os exercícios praticados de cabeça para baixo devem ser evitados, pois podem interferir na drenagem do humor aquoso, que diminui, aumentando a pressão intraocular.

Praticar exercícios, como caminhada, natação e corrida contribui para diminuir a pressão intraocular e melhorar a condição cardiovascular, ajudando a irrigação sanguínea do nervo óptico. A prática de exercícios deve ser regular, pelo menos três vezes na semana. Fazer caminhada durante 30 minutos, todos os dias, é o suficiente para que os benefícios à saúde dos olhos sejam alcançados. Para evitar problemas, é muito importante conversar com o especialista sobre os exercícios que serão praticados.

Ingerir líquido exageradamente em pouco tempo pode ser prejudicial para quem tem a doença porque aumenta a produção de humor aquoso, com elevação da pressão intraocular. Porém, é importante hidratar adequadamente o corpo e consumir pelo menos dois litros de água por dia, com equilíbrio.

Pacientes glaucomatosos devem evitar tocar instrumentos de sopro (flauta, trompete e saxofone), por aumentarem a pressão torácica com risco de aumentar a pressão intraocular. Inclusive, encher balões com sopro também não é saudável.

Pacientes de glaucoma podem apresentar mais sensibilidade nos olhos em relação à luz e ao brilho do sol. O uso de óculos de sol ajuda, mas é importante que tenham proteção UV.

Evitar o estresse, porque em níveis elevados a pupila dilata, podendo levar, em olhos predispostos, a aumento súbito da pressão intraocular. Controlar os níveis de estresse é um cuidado importante para evitar que se instale um quadro de glaucoma agudo em olhos predispostos. O glaucoma de ângulo fechado agudo é uma urgência oftalmológica e pode levar a cegueira em poucos dias se não tratado a tempo. Os sintomas são: vermelhidão, baixa visual, dor intensa nos olhos, náusea e vômitos.

O uso regular de colírios, com indicação médica, é o tratamento inicial do glaucoma. Respeitar os horários, os intervalos e a aplicação correta são comportamentos que devem ser observados com atenção, para eficácia do tratamento.

O glaucoma pode ser controlado, caso o tratamento seja seguindo com consciência e disciplina, pelo paciente. É importante a realização de exames como a verificação da pressão intraocular, campo visual e mapeamento de retina; esses são fundamentais para evitar a progressão da doença e a perda visual.

Fonte: Revista Veja Bem – Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)

1 Comment
  • Elizabeth Maria Silva Posted 29 de janeiro de 2021 22:27

    Excelente informação vou compartilhar com pessoas que como eu faço tratamento da pressão ocular, ppos tenho Glaucoma de ângulo aberto.
    Venho de uma família que minha avó morreu cega ppis não tinhamos nem conhecimento dessa doença minha mãe fez cirurgia mas também faleceu sem visão eu me trato mais de 30 anos.
    Muito obrigada por essa reportagem.

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